domingo, 30 de março de 2014
"O Juízo Final" (Michelangelo)
A Capela Sistina é conhecida mundialmente por ser o local onde se realizam os conclaves. Quando o papa morre, os cardeais se fecham na capela e escolhem um novo pontífice. Desde 1492, os papas são escolhidos lá.
A capela também é conhecida por seus magníficos afrescos pintados por Michelangelo (1475-1564). O pintor renascentista decorou o teto e a parde do altar:
Na parede do altar, Michelangelo realizou uma de suas mais importantes obras, o afresco do Juízo final (1535-1541). A pintura representa o julgamento final da humanidade por Cristo.
Que tal conhecermos mais detalhadamente esta importante obra? Assista o vídeo e bom aprendizado!
quinta-feira, 20 de março de 2014
"Os fuzilamentos de três de maio" (Goya)
Em 1808, Napoleão Bonaparte, imperador da França, ordenou a invasão da Espanha, por motivos políticos. A família real tenta fugir, mas o povo invade o palácio, e impede sua fuga. O exército francês invade o país, e em 2 de maio de 1808, ocorre um levante do povo contra as tropas francesas. O desfecho é trágico: no dia seguinte, 3 de maio, várias pessoas são fuziladas pelo soldados franceses.
O pintor espanhol Francisco de Goya, ficou indignado com o episódio. Alguns anos depois, em 1814, ele pinta um de seus mais famosos quadros, que retrata, eterniza e denuncia a violência do exército francês.
O nome do quadro é Os fuzilamentos da montanha do príncipe Pio, mas conhecido por Os fuzilamentos de três de maio. Vamos analisar detalhadamente a pintura. Assista o vídeo, e bom aprendizado.
quarta-feira, 19 de março de 2014
Neruda saúda Castro Alves
Pablo Neruda (1904-1973), poeta chileno que também se destacou por seus poemas sociais, homenageou o poeta baiano com o poema "Castro Alves do Brasil". Leia um trecho do poema:
"Castro Alves do Brasil, para quem cantaste?
Para a flor cantaste? Para a água
cuja formosura diz palavras às pedras?
Cantaste para os olhos, para o perfil cortado
daquela que então amaste? Para a primavera?"
(...)
"-Cantei para os escravos, sobre os barcos
como o cacho escuro da vinha da ira
viajaram, e no porto o navio sangrou
deixando-nos o peso do sangue roubado." ("Navio Negreiro")
O primeiro best-seller
O romance Os sofrimentos do jovem Werther, de J.W. Goethe fez um estrondoso sucesso quando foi publicado, em 1774.
A explosão de sentimentos de Werther provocou uma forte reação entre a juventude da época. A obra representava uma nova ordem de valores e comportamentos, que se contrapunha frontalmente ao racionalismo do século XVIII. Os jovens começaram a se vestir como o protagonista da obra (com casaca azul e colete amarelo) e a viver paixões desenfreadas como a dele. Tanto que ,na época, ocorreu na Europa uma onda de suicídios!
Quando Goethe e Napoleão se encontraram, em 1808, a conversa que tiveram foi sobre Werther, e o imperador francês confessou ao escritor ter lido a obra sete vezes. Provavelmente Os sofrimentos do jovem Werther foi o primeiro best-seller da literatura ocidental.
Inocência e o azulão
Ano passado, assisti no Canal Futura, o filme "Inocência" de 1983, dirigido por Walter Lima Jr. Fiquei encantado com a belíssima estória e as lindas paisagens (do Rio, não no sertão do Mato Grosso, onde se ambienta a narrativa, no romance).
O filme é baseado no livro do Visconde de Taunay, e é considerado um dos últimos romances brasileiros. O elenco é maravilhoso, composto por Fernanda Torres (seu primeiro filme, Fernanda tinha 17 anos) que faz a protagonista Inocência. Edson Celulari como Cirino. E os já falecidos Sebastião Vasconcelos, que interpreta Pereira, pai da protagonista. Fernando Torres (pai de Fernanda) que no filme interpreta Cesário, padrinho de Inocência, entre outros atores. É muito emocionante a cena em que Cirino é morto por Manecão, vaqueiro a quem Inocência está prometida em casamento. Manecão descobre que Cirino estava tendo um romance com Inocência, e que era correspondido por ela. Enfim, sugiro que assistam o filme. Ou leiam o livro.
Duas coisas me chamaram a atenção no filme. A primeira cena do filme é de uma crisálida, o casulo de uma borboleta. A última cena do filme já é uma borboleta formada, sobre a cruz de uma cova, provavelmente a cova de Cirino. Outra coisa que também gostei bastante é a música que toca no final do filme, enquanto passam os créditos. Não a conhecia, e achei-a muito bonita. Fiquei curioso para saber o seu nome e o seu autor. Memorizei o seu refrão "Vai azulão, azulão, companheiro, vai!"
Ao ler, casualmente, um livro de fotobiografias, sobra a vida de Mário de Andrade, Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, obtive a desejada informação. O nome da música é "Azulão" e, para minha grande surpresa, a letra da sensível canção, havia sido composta por Manuel Bandeira!(o mesmo poeta da horrível e insensível "Vou-me embora pra Pasárgada"). E a música é de Jaime Ovalle, grande amigo do poeta (já leram o "Poema só para Jaime Ovalle"?). No livro tinha até a foto da partitura. Que bela canção! Eis a música, na voz de Nara Leão:
terça-feira, 18 de março de 2014
Quem são os presidentes americanos esculpidos no monte Rushmore?
A partir da esquerda, as faces esculpidas no monte de Dakota do Sul são George Washington, Thomas Jefferson, Theodore Roosevelt e Abraham Lincoln. Além de simbolizarem os primeiros 150 anos da história americana, os presidentes representam respectivamente, a fundação, a democracia, a liderança em negócios internacionais e a igualdade americanas.
A história do monte Rushmore começou em 1923, quando o historiador Doane Robinson teve a ideia de construir uma escultura gigantesca com os heróis do oeste para atrair mais turistas ao parque Black Hills, em Dakota. O projeto foi aprovado pelo congresso e as obras começaram em 1927. A primeira face esculpida foi a de Washington, seguida pelas de Jefferson, Lincoln e Roosevelt.
Saber fazer
Aos 4 anos ele tocava cravo, aos 12 compôs sua primeira ópera e aos 13 foi nomeado violino-mestre da corte em Viena. Com 17 anos, Mozart já era um veterano, solicitado não só para tocar, mas para lecionar. Durante uma aula em Salzburgo, em 1773, perguntaram-lhe como fazia para compor. "Essa é uma preocupação que vocês só devem ter daqui a alguns anos", disse. Na plateia, formada por jovens como ele, alguém indagou porque, já que Mozart compunha aos 10 anos. "É, mas eu não precisava perguntar como."
Mozart, aos 14 anos, tocando em Verona. Retrato de Saverio dalla Rosa, 1770:
sexta-feira, 14 de março de 2014
"O casal Arnolfini" (Jan Van Eyck)
Este quadro foi pintado em 1434 pelo flamengo Jan Van Eyck, e é considerado sua mais famosa pintura. Retrata o casamento do rico comerciante Giovanni Arnolfini e Giovanna Cenami.
Que tal explorarmos detalhadamente esta famosa pintura? Assista o vídeo e bom aprendizado!
terça-feira, 11 de março de 2014
Música e protesto
Você tem o costume de ouvir música francesa? Eu não escuto com frequência, mas conheço algumas como ''Ne me quitte pas'', uma das minhas canções prediletas. Gosto muito também de "Scoubidou" (''Les pommes, les poires et les scoubidoubidou-ah"). Ela é do cantor Sacha Distel, e faz parte da trilha de um antigo filme da atriz francesa Brigitte Bardot (com quem Sacha teve um romance). A primeira vez que ouvi esta canção, comecei a dançar diante do espelho, ao seu som...
Esta canção foi inspirada em uma música do compositor americano Lewis Allan "Apples, peaches and cherries", que fez muito sucesso com a cantora Peggy Lee.
Lewis Allan é o pseudônimo de Abel Meeropol, poeta comunista, que ficou conhecido por ter adotado os filhos de Julius e Ethel Rosemberg. O casal Rosembrg foi executado na cadeira elétrica em 1953, pelo governo dos EUA, acusados de serem espiões soviéticos. Abel também é lembrado por ter feito o poema ''Strange fruit'' (estranho fruto) que era um protesto contra o linchamento de dois homens negros no sul dos Estados Unidos, que logo em seguida foram enforcados. Logo depois, Abel musicou o poema, que ficou conhecido mundialmente na voz de Billie Holiday, cantora americana negra, que todas as vezes que cantava a canção, chorava.
Billie Holiday foi muito corajosa, pois naquela época a hostilidade a negros era grande. Além de ser negra, Billie insistia em cantar ''Strange fruit'', uma canção de protesto que fez muito sucesso na época. Tanto que a revista Time, em 1999, deu a música o título de ''A canção do século''. O estranho fruto de que fala a música, são os corpos de negros pendurados em galhos de árvore.
É. Música é diversão, protesto, história e outras coisas...
domingo, 9 de março de 2014
Em tempos de lepo lepo o melhor é ser "antiquado"
Há quase duas décadas temos testemunhado o apocalipse da música brasileira com letras que denigrem a imagem feminina, cantando uma mulher extremamente interesseira e, sobretudo, ninfomaníaca. Talvez essa seja a impressão que alguma de nós deixamos para os homens quando vamos as festas e dançamos músicas vulgares com movimentos vulgares e vestidas a caráter, e ao final da “balada” depois de tantas latinhas e alucinógenos, beija-se todos e todas, sai-se da festa e... não lembra nada que aconteceu. Resultado: vídeos no youtube, fotos compartilhadas no facebook e no whatsapp de um comportamento um tanto comprometedor.
Isso é o que a maioria da galera, dos jovens descolados fazem e escutam e, quem não segue essa “onda” é tachado de antiquado dominado pelos dogmas da caretice.Nesse cenário, prefiro ser retrógrada, não ir à balada e muito menos escutar o ran ran ran, o toda enfiada, o camaro amarelo, a doblô e variações. Prefiro voltar-me às minhas memórias e ouvir músicas que marcaram aquela época.
A música faz parte de minha história há muito tempo, pequenina já curtia com meu pai, um fanático da jovem-guarda, Wanderléia, Erasmo Carlos, Jerry Adriani, Sérgio Reis, Martinha, Wanderley Cardoso, Eduardo Araújo, Vanusa, Renato e seus Blue caps, os Feveres...
Na casa de minha avó materna ouviam-se os grandes clássicos da música sertaneja de raiz ou as toadas de vaqueiros. Barrerito, Tonico e Tinoco, Enezita eram alguns dos discos que tocavam na antiga radiola. Ouvia-se também os duelos de repentistas, cujos motes sempre versavam sobre a lida com o gado e a vida do sertanejo.
Na casa de meu avô paterno, tínhamos Agnaldo Timóteo, Nelson Rodrigues, Nelson Ned, Dalva e Erivelton. A esse universo misturava-se as canções que tocavam no bar do primo Diassis, em Bernardo Vieira, da paraibana arretada, Elba Ramalho. Lembro-me que eu ficava pinotando na calçada do bar cantando “eu quero um banho de cheiro, eu quero um banho de lua, eu quero navegar...”
Em Serra Talhada, meu pai um apaixonado por loiras geladas, ia para os bares e me levava junto. Enquanto ele se esbaldava com a cevada maltada, eu me deliciava com os tira gostos e inevitavelmente aprendia as canções de roedeira, Maísa com o seu refrão “meu mundo caiu...” e José Ribeiro, apaixonado, cantava “tens a beleza da rosa, uma das flores mais formosas...”. Ah, tocava também o inexorável Assisão e o seu “peixe piaba”.
Durante minha infância, no Aaaaalto do Bom Jesus, os points eram o bar de Adalice e o bar de Macilene, não tinha pra ninguém, mas mesmo assim a bodega de Dona Maria Pedro era o lugar daqueles que queriam beber mais reservadamente. E ao som de Amado Batista, Roberto Muller, Maurício Reis e Adelino Nascimento, eu me entretia com os didas de coco que ela vendia.
Na rua 4, além de briga todo final de semana, havia também forró. Era forró de arrastar o chinelo, realizado na garagem da casa de Chiquim. Naquela época, eu já ensaiava os passos de xote ao som de Luiz Gonzaga tramelando a farra dos adultos. Era uma animação sem fim!
Quando ia para casa de um tio, lááááá no IPSEP, na época o fim do mundo, a imagem de tio Nezim, dedilhando um violão e cantando boleros era completamente envolvente, mas com um comportamento meio arredio, seu filho ficava em seu quarto ouvindo o maluco beleza do Raul.
Mas foi com a TV, em preto e branco, especialmente os programas do Velho Guerreiro que eu conheci as canções de José Augusto, Biafra, Giliarde, Rosana, Kátia, Biquini Cavadão, Titãs, Roupa Nova, Capital Inicial, Rita Lee, Cazuza, Legião Urbana, Nenhum de Nós, Kid abelha, Leoni, Léo Jaime, Kid Vinil, Djavan, Milton Nascimento, Chico, Gal, Caetano, Bethânia, Oswaldo, Fafá, Elis, Ney Matogrosso, Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Lulu Santos, Guilherme Arantes, Tim Maia, Alcione, Simone, Joana e tantos outros...
Belchior lembra-me um colega, o qual convivemos da quinta série até o 3º ano, sempre que queria fila, ele cantava “eu sou apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no banco”... quanta saudade!
Depois descobri Renato Teixeira, Almir Sater, Geraldo Azevedo, Elomar, Jorge Benjor, Pixinguinha, Adoniran Barbosa, Noel Rosa, Beth Carvalho, Tom Jobim, Luis Melodia, João Bosco, Ivan Lins e outros tantos consagrados, que já não fazem tanto sucesso entre os jovens do lepo lepo, mas que continuam na minha parada de sucessos.
São canções cujas letras abordam o amor, as despedidas, os desencontros e reencontros, dificuldades, soluções... falam da vida e continuarão fazendo a história da música brasileira e dos brasileiros que optaram em ser “antiquados”.
Professora Magda
quinta-feira, 6 de março de 2014
"O nascimento de Vênus" (Sandro Botticelli)
Eu gosto muito de apreciar uma bela pintura. As minhas favoritas são a do período conhecido como renascimento. Quem não gosta de um belo quadro? A arte é algo gratificante de se contemplar. ''A arte existe porque a vida, por si só não basta.'' Disse uma vez Ferreira Gullar.
Agora, todas as quintas-feiras (quando eu puder, claro), iremos analisar detalhadamente, famosas pinturas, vamos conhecer o contexto em que foram pintadas, e o significado de cada detalhe, ou da obra em geral. Que legal não é? Ás vezes, pinturas que nos acostumamos a ver nos livros da escola, mas nem sabemos a história que ela conta, o que ela significa, como era a época em que foi pintada.
Descobri, no Youtube, uma série ótima (que eu acho que passava na TV Escola), chamada ''Pinceladas de Arte''. Cada programa, analisa-se uma pintura diferente.
Intitula-se ''O nascimento de Vênus'', foi pintada em 1483, por Sandro Boticelli, e está localizada na Galleria degli Uffizi, em Florença, na Itália.
Que tal ''esmiuçar'' esta famosa pintura? Eis o vídeo e bom aprendizado:
O sorriso enigmático (ficção)
Mesmo depois da proteção de vidro, de tanto, tanta segurança, a Mona Lisa foi novamente roubada do Museu do Louvre.
- De novo? ''Mon Dieu!''
- Pelo menos sabemos que, dessa vez, não foi nem o Apollinaire, nem o Picasso.
- E agora? O que faremos?
-Enquanto não se recupera, vamos arranjar uma substituta.
-Já sei. Coloca uma foto de Clarice Lispector. É mais ou menos a mesma coisa...
terça-feira, 4 de março de 2014
O melhor programa de entrevistas
Alguém ainda tem alguma dúvida de que o melhor programa de entrevistas da televisão brasileira, é o ''Roda Viva'' da Cultura? Que programa excepcional. É, na minha modesta opinião, o mais sério e de mais credibilidade. É também o mais antigo. Naquela cadeira cadeira só senta quem é influente, quem, cuja seu trabalho é importante para o Brasil (se bem que até hoje não entendi o porquê do Rafinha Bastos ter sido entrevistado lá). Sem contar as charges do Paulo Caruso.
Só pra você ter uma ideia, por lá já passaram todos os presidentes do Brasil, desde Sarney, todos os prefeitos de São Paulo, desde Mario Covas, Gilberto, Caetano, Tom, Niemeyer, Lygia Fagundes Telles Telles, José Saramago, Fidel Castro (o imortal), entre outros. Não é á toa que o slogan do programa é ''O Brasil passa por aqui''. O Brasil e o mundo aliás.
"A gente morre é pra provar que viveu"
Guimarães Rosa era muito supersticioso. Por mais de quatro anos, adiou sua posse na Academia Brasileira de Letras, porque tinha certeza de que, assim que assumisse a sua cadeira, algo de muito ruim lhe aconteceria. Finalmente, depois de muita insistência dos outros membros, no dia 16 de novembro de 1967, foi o dia de sua posse.
No discurso proferido, Rosa diz, entre outras coisas: ''A gente morre é pra provar que viveu. (...) As pessoas não morrem, ficam encantadas''.
Três dias depois, Guimarães Rosa sofre um infarto. Infelizmente, ninguém pode lhe ajudar no momento do ataque: sua esposa havia saído para a missa e Rosa morre sozinho, aos 59 anos, em seu apartamento.
Os funerais de Balzac
Eis como o jornal ''Le Moniteur Universel'', de quinta-feira, 22 de agosto de 1850, noticiou o enterro do grande escritor francês:
''Hoje, ao meio-dia, realizaram-se os funerais do Sr. Honoré de Balzac. O cortejo partiu da capela de Roule, bairro Saint-Honoré. A literatura, as ciências, as artes estavam representadas nessa triste cerimônia. Seguravam as alças do caixão os Srs. Ministro do interior, Victor Hugo, Alexandre Dumas e Saint-Beuve. Entre os assistentes se achava o Sr. Barão de Rotschild.
Ao sair da igreja de São Felipe de Roule, o cortejo seguiu pelos boulevards até o cemitério de Père-Lachaise.
Quando o féretro desceu à sepultura, o Sr. Victor Hugo pronunciou um discurso.
Depois do Sr. Victor Hugo, o Sr. Desnoyers , presidente da Sociedade dos Homens de Letras, pronunciou algumas palavras''.
E só.
"A última sessão"
Acho que é só nesses casos que a gente tem vontade de morar em São Paulo. Adoraria assistir a esta peça teatral ''A última sessão''.
A comédia dramática é escrita e dirigida por Odilon Wagner, e é exibida no Teatro Frei Caneca. O elenco é maravilhoso: Laura Cardoso, Nívea Maria, Etty Fraser, Sônia Guedes, Sylvio Zilber, Miriam Mehler, Gésio Amadeu, Gabriela Rabelo, Yunes Chami e Marlene Collé. Repletos de experiência e talento, eles interpretam um grupo de velhos amigos que, semanalmente, encontram-se para um almoço. Durante a refeição, esses personagens, que têm entre 75 e 85 anos, revivem o passado, acertam dívidas pendentes e-acreditem- também projetam um futuro. ''A gente faz as contas e juntos somamos mais de 570 anos só de carreira artística'', brinca Odilon Wagner, de 59 anos. ''Imagine se a gente incluir no cálculo a idade de cada um de nós?''
Um pseudônimo
Acho que vou passar a assinar meus textos como ''Ioca Pajeulino''. Legal, não é? Decerto você não entendeu. Deve estar achando que fiquei doido. ''Como assim 'Ioca Pajeulino' ?''
Ora, pois saiba que o mesmo fez o grande Bocage. O poeta português árcade, tinha um pseudônimo literário. E era ''Elmano Sadino'', esse mais bonitinho.
Vou explicar. ''Elmano'' é uma troca de sílabas de seu primeiro nome ''Manuel''. ''Sadino'' se deriva do nome do rio Sado, que atravessa a cidade onde o poeta nasceu, Setúbal em Portugal. Entenderam agora por qual razão Ioca Pajeulino?
Confesso-lhes: não gosto muito do meu nome com ''K'' Kaio com K. Mas fazer o quê... Já que dona Neide assim quis, assim seja.
Os poetas do arcadismo tinham pseudônimos muito interessantes. Vejam alguns. O poeta Antônio Dinis da Cruz e Silva (Elpino Nonacriense), Correia Garção (Córidon Erimateu), Domingos Caldas Barbosa (Lereno Selinutino), e por aí vai.
segunda-feira, 3 de março de 2014
DA UTILIDADE DESTE BLOG
O título supra foi tomado de empréstimo daquela famosa crônica do Drummond, que estamos todos acostumados a ver nos livros didáticos, ''Da utilidade dos animais''. A crônica, que é uma das várias amostras da prodigiosidade do escritor de Itabira, fala a respeito de uma professora que observa aos alunos a diversidade da fauna do planeta, e a importância de preservá-la. Mas se contradiz, ao falar da suculência de suas carnes, e de sua utilidade para fabricação de inúmeras coisas (pincel, casaco, mala). É. De notícias e não notícias faz-se a crônica.
A palavra ''literatura'' se origina do latim ''litteris'' e significa letras. Mas, cá entre nós, literatura é muito mais do que isso. Antes de tudo, uma arte. Literatura é sentimento, é sensibilidade, é a amostra das mil facetas do ser humano. Literatura são todas as emoções que um texto, criativo ou repetitivo, de um amador ou de um profissional, podem provocar em quem lê. A literatura é o retrato da vida. Como bem disse Oscar Wilde ''A literatura antecipa sempre a vida. Não a copia, amolda-a aos seus desígnios.'' Tanto escritas como ditas, as palavras são poderosas. ''A palavra é o meu poder sobre o mundo'', como disse Clarice Lispector.
Este é o meu espaço, onde vou finalmente colocar para fora tudo o que sei, e que anseio compartilhar. É de praxe do ser humano aprender e ensinar. Aqui, vou narrar história inventadas e reais, história inventadas baseadas em reais, invenção e veridicidade. A vida da gente, o caminho trilhado pela humanidade é uma história e estória pitoresca, concorda?
Mas não irei apenar contar. Também vou comentar e opinar. Ou não tenho direito de falar sobre o que eu gosto? Quero falar não apenas de literatura, mas de história, música, cinema, artes plásticas, teatro, internet, política, religião, comportamento, atualidades. Quero expôr o que eu penso, a minha maneira de encarar essas coisas, a vida em geral. Enfim, tudo o que eu achar digno de ser comentado. Já que têm tanta coisa por aí que é melhor ignorar...
Preparem-se. ''O maior espetáculo para o homem será sempre o próprio homem''. Se bem que acho que este espaço é meio reservado. Fechado para os que gostam de aprender, que almejam adquirir conhecimento. Como eu por exemplo. Aqui a gente vai trocar figurinha. O que eu sei vos ensino. O que vocês sabem, me ensinem, por favor. Já lestes o ''Inferno'' de Dante? Vou transcrever o aviso que se encontra acima da porta de entrada do inferno. Calma, aqui não é o famigerado lugar! Na inscrição diz assim: ''Deixai toda a esperança, ó vós que entrais''. Mas, meus caros Dantes e Virgílios, este blog é outra coisa. ''Deixai toda a ignorância, ó vós que acessais''. E assim a gente fica combinado. Amém.
Objetivo do Blog
Este blog destina-se a publicação dos contos escritos por Kaio Fernando (Serra Talhada/PE) para que os mesmos possam ser compartilhados pelos amigos e demais amantes de narrativas admonitórias.
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