terça-feira, 4 de março de 2014
"A gente morre é pra provar que viveu"
Guimarães Rosa era muito supersticioso. Por mais de quatro anos, adiou sua posse na Academia Brasileira de Letras, porque tinha certeza de que, assim que assumisse a sua cadeira, algo de muito ruim lhe aconteceria. Finalmente, depois de muita insistência dos outros membros, no dia 16 de novembro de 1967, foi o dia de sua posse.
No discurso proferido, Rosa diz, entre outras coisas: ''A gente morre é pra provar que viveu. (...) As pessoas não morrem, ficam encantadas''.
Três dias depois, Guimarães Rosa sofre um infarto. Infelizmente, ninguém pode lhe ajudar no momento do ataque: sua esposa havia saído para a missa e Rosa morre sozinho, aos 59 anos, em seu apartamento.
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